sábado, 27 de junho de 2009

Tem mil jeitos.

Não é um post sobre o Kama Sutra - nem sei escrever isso- mas não é não.
Em primeiro lugar, quero desabafar. Falta-me tempo de vir aqui, tempo de dormir, tempo de ler, tempo de postar, tempo de estudar /OI
Porque o tempo que falta de dormir eu durmo na aula, ai precisa estudar, e oi. Parei.

Vamos falar dos mil jeitos. Sim, existe mil jeitos de enxergar a realidade. Só não dá pra dizer qual é o certo.
"Abre o olho" é o que dizemos quando queremos que alguém encare a verdade nua e crua; Como se bastasse levantar as cortinas chamadas pálpebras e deixar a luz penetrar em nossas pupilas para enxergarmos a realidade. Mas o que é, ó céus! A tal da realidade? Parece uma pergunta meio muito hippie, mas não é.
Olhos são como câmeras, ferramentas que foram evoluindo ao longo de milhões de anos de acordo com as nossas necessidades. Um boi vê o mundo preto e branco. Nós vemos o mundo colorido. Vemos como ele realmente é? Não. Existem câmeras que captam radiações que nossos olhos nunca alcançam.
Ou seja, entre você e a sua janela há "milhares" de imagens que sua limitada ferramenta óptica nao atinge. Mesmo as cores variam dependendo de olho de cada animal.
Não se pode dizer que o vermelho que você é mais real que o vermelho da lagartixa.
O vermelho, em última instância não existe, pois a imagem muda de acordo com a câmera e não existe a câmera certa ou a errada :D

Tá muito complicado? Calma que piora, além de não enxergamos a realidade, nós só conhecemos o mundo na escala em que encontramos . Somos incapazes de ver o muito maior, ou o muito menor.
É mais ou menos como se tivéssemos nascido dentro de um recheio de Sonho de Valsa. Nossos cientistas olhariam para todos os lados e diriam: não há dúvidas, todo o universo é composto por massa de amendoim. Somente com telescópios mais potentes, descobririam que para fora há a camada de biscoito, depois a de chocolate, então o papel-alumínio e assim por diante.
Também só depois de criarem microscópios eletrônicos se dariam conta de que a massa de amendoim é feita de ingredientes, os ingredientes de moléculas, e as moléculas de átomos, e os átomos de prótons, e os prótons de nêutrons, elétrons e assim até sabe-se lá onde, para baixo e avante!

Agora vamos aplicar a teoria do Sonho de Valsa ao nosso mundo: olhe para a sua mão. Está vendo os milhares de ácaros comendo suas células mortas? Não [ainda bem!], pois bem, mossos olhos são incapazes de ver qualquer coisa muito menor que um fio de cabelo, ou seja, sua mão pode ser esse pedaço de corpo com cinco dedos ou um gigantesco pasto onde ácaros passeiam como minibúfalos, comendo e fazendo côco.
Depende, como eu já disse, da escala. Qual é a escala real?
Pergunte ao ácaro e a resposta dele certamente vai ser diferente da sua.

Se o que acreditamos ser certo e o verdadeiro não o é nem mesmo no mundo físico, imagin se formos falar de nossas crenças e opiniões.
Quando você tiver muita certeza de alguma coisa, tente se lembrar, de que estamos todos, de difetentes maneiras, presos em nossas próprias massas de amendoim. A tal da realidade é muito maior, é muito menor ou talvez nãos seja nada. Estou disposta a aceitar a confusão a partir daqui.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ataque Aéreo

Estou realmente sem nada interessante pra postar e não quero decepcionar você, que me lê - NÃO É MEU QUERIDO JEAN? UAHEU
Aliás a moça que estejam procurando alguém para o dia 12, o Jean é o cavalheiro perfeito.
E ele promete que some no dia 14 UAHuahuHUAHE
Ele é forte, musculoso, astuto, sagaz e sapeca. Pronto, uma ótima propaganda, e ele ainda acompanha de brinde um perfume Egeo Kiss me. :D

Agora vamos ao ataque aéreo - pro Daniel I. [não sei escrever seu sobrenome PERDÃÃO!] /só uma piadinha besta pq seu blog sempre tem coisas de avião .-.
Mas continuando..
A Natureza é realmente muito linda. Do outro lado da janela. Quando ela decide transpor essa cômoda e trágica fronteira, na forma de uma cigarra desgovernada, a beleza simplismente desaparece, dando lugar ao pânico. Só acha que eu estou exagerando que nunca viveu a experiência.

Imagine uma mosca varejeira, daquelas verdes. Agora imagine esse bicho nojento, do tamanho de uma pilha gigante. Pra finalizar, imagine você à toa, banho tomado, ouvindo música na sala - um friozinho gostoso do inferno tomando conta da noite - quando eis que não mais que de repente , uma dessas varejeiras-pilhas-grande-totalmente-desgovernada invade o cenário bucólico como uma van sem freio a atropelar pedestres na calçada. Pois é, foi exatamente o que me aconteceu faz algumas horas e me trouxe a essa óbvia conclusão: a natureza é linda - do outro lado da janela.

Por conta dessa invasão de nosso espaço aéreo e respiratório por parte da cretina da cigarra, a próxima conversa entre os colheguinhãs do msn foi inevitavelmente sobre os bichos intrusos e o medo que temos dele. O grupo logo dividiu-se entre os que detestavam ratos acima de tudo e os que tinham pânico mesmo era de barata. Eu sem dúvida, estou no segundo time. Parto da lógica de que eu e o rato, que somos mamíferos, podemos nos entender - ou não - já com um inseto qualquer, o acordo é inviável. Veja só: um rato, que surja na sala jamais fará como a cigarra ou a barata, vindo como um louco de encontro à nossa testa.
Ele tem dois olhos, duas orelhas, intestino grosso, delgado, dedinhos e até uma testa, enfim, ele é quase primo - evolutivamente falando.
Sabemos de antemão que, ao encontrá-lo, essa proximidade genética criará um acordo tácito: ele é rato, eu sou humano, assim que nos virmos, correremos um pra cada lado, esperaremos nunca mais nos ver um abraço e lembrança aos seus.

Minha aversão a insetos voadores não identificados vem de longe. Uma vez cheguei na casa do meu pai, de madrugada, acendi a luz e uma enorme mariposa veio na minha direção. Passei alguns minutos tentando capturá-la com um saco plástico, mas ela driblava a arapuca e acertava minha cabeça e meus cabelos - para o meu desespero.
Não sei por que fui ter a idéia absurda de fazer um lança chamas com um desodorante aerosol. Acendi um isqueiro, mandei o jato e toquei fogo na pobre mariposa. Ela saiu pela janela em chamas, como uma estrela cadente na noite de Niterói.
Não faria isso denovo, por pena da mariposa ou medo de mandar a casa do meu pai pelos ares, caso o desodorante explodisse - mas que foi bonito, sinto ser cruel, mas foi.

Deve ser isso, estou fichada nos arquivos policias dos insetos. Meu nome está incluído na lista negra dos besouros, mariposas, cigarras e afins. Uma espécie de karma entre as espécies. Tá certo, tá certo, é vingança, eu devia ter pensado nisso antes de incendiar a pobre intrusa. Vou contratar um seguranã - nnnnnn
Talvez câmeras de segurança me ajudem.. e exagerei .-.

Beijos :*