terça-feira, 28 de abril de 2009

Meu irmão quer um bicho. .-.

Não é que eu não goste de bichos. Muitos deles são legais.Acontece que eles costumam ter comigo mais intimidade que eu com eles. Por exemplo a cachorra que vive na casa da minha tia [não sei de quem ela é bem certo, do meu primo, da minha tia, ou do meu pai] a Michele: toda vez que eu vejo ela, se ela se atirar na minha perna e babar na minha calça, eu vou ficar bem irritada. O problema dos cachorros é esse. Eu toparia uma amizade respeitosa, mas eles querem partir pra um corpo a corpo, cheio de fluidos, pêlos e outros exageros.

Os mais agressivos podem me chamar de fresca, mas não é possível que não tenha ninguém compreensivo que vai ver nessa reserva os reflexos de um trauma de infância (?) : Apesar de ter argumentado, chorado, e esperneado, eu tive um único cachorro aos quase 10 anos e mesmo assim só porquê minha mãe achou fofo demais pra entregar meu cachorro quase de pelúcia pra qualquer estranho que parecesse sanguinário. - mentira, bastava só ser estranho.
Mas enfim, continuando, minha mãe dizia que não ia comprar porque eu e meu irmão não cuidaríamos do bicho. Tinha TODA razão. Todos os animais que tivemos ganhamos após solenes juramentos de que íriamos alimentar, limpar e levar no veterinário e o que mais precisasse.
Dava uma semana, e a Dona Nadir, era quem tinha que zelar pela saúde e bem-estar de nossos passarinhos, peixinhos, gatos ou porquinhos-da-índia.
Sim, pois apesar de termos tido apenas um cachorrinho, nossa infância foi acompanhada por uma longa - e trágica - sucessão de animais domésticos.
Os primeiros que me lembro, foi meu periquito PICA-PAU, que invadiu minha casa na minha hora do almoço [eu não dava nem altura na mesa, quando isso aconteceu]
Fiz minha mãe fechar todas as janelas da casa e prender o bicho dentro de casa [REPITO, DENTRO DE CASA] ela com todos os esforços não conseguiu me fazer terminar de almoçar e muito menos pegar o periquito PICA-PAU.
Apelamos pra força maior e chamamos meu tio pra socorrer e ver se pelo amor de um ser divino conseguia prender o tal numa caixa, gaiola, sacola o que fosse. Conseguiu, mas ele era solitário, então meu brilhante pai-pai resolveu comprar uma Periquita pro bichinho.
Sim, uma picapoa.
Colocamos ela na mesma gaiola que o pica-pau, santa ignorância.
Ele óbvio, foi se fazer de machão e mostrar pra ela o quão pintoso ele era. Aplumava as asavas, até bicar os gravetinhos da gaiola o bicho bicava. Não deu 3 hrs e a pica-poa fez a alegria de toda revolução feminina. Baixou a porrada no pica-pau coitado, que a partir desse dia, além de solitário ele tinha medo de sair do 'quartinho' [aquela caixinha que tem duas bolinhas no fundo da gaiola] e ficou oprimido lá até quando não me lembro.
Mas ainda juro que tenho uma vaga lembrança, que um dia acordei pra ir ao banheiro de madrugada, e ele estava bebendo água na tijelinha COM O MAIOR cuidado pra não fazer um ruído e acordar minha maior ídola ave feminina da época. Pica-poa.

Depois do casal moderno de Periquitos, meu irmão já nascido, me lembro do par [ou seria casal?] de peixinhos. O meu era um peixe meio preto, que de dia brilhava, e o do meu irmão um dourado mega brilhante que quando a luz do meu brilhante batia nele refletia até e dava dor na vista. Uma vez resolvi limpar o aquário sozinha pra mostrar pra minha mãe que eu podia, tirei o meu peixe e acidentalmente meu saquinho rolou no chão e assim teve fim [e triste, muito triste] meu peixe [ou seria peixa?] brilhante .-.
Mas a história dos peixes ainda não acaba, restou o peixe do meu irmão. Eu, chorando e continuando, a propósito, chorando mais do que continuando a limpar o aquário esqueci de por aquele breguetz azul na água do aquário, joquei o peixe lá dentro no seco [releva, eu tinha 6 anos] e joguei um litro de água em cima do peixe. [EM CIMA MESMO, imagina você sentado, e uma caixa d'água caindo na sua cabeça] Então, eu assasina de animais [não me sinto bem com esse título, não mesmo] matei o peixe afogado .-.
Numa tentativa frustrada de enganar meu irmão minha mãe roubou um peixe do aquário do meu tio [que tinha quinhentos milhões de peixes dourados] e pôs DIREITO no aquário. Mas esse não brilhava e meu irmão logo percebeu. Até hoje ele acha que seu peixe morreu de uma doença degenarativa.

Nosso cachorro chegou, passamos nem um ano com ele, mas seria muito grande, prometo que ainda faço um post falando só sobre meu cachorrinho felpudo, fofinho, fedorentinho, mas que eu amava e que dormia de pernas pra cima. \o/
Quando nosso cachorro partiu, e nossa vida já estava virando uma novela mexica, minha tia me apareceu com um papagaio.
O papagaio não só JAMAIS falou uma única sílaba como sofria de uma depressão profunda e mais de uma vez tentou suicídio enrolando a correntinha no pescoço e atirando-se do poleiro. O problema é que ele nunca tentava tirar a própria vida às 2 da tarde. Era sempre às 5 ou às 6 da manhã. acordava a casa inteira, gritando e íamos colocá-lo de volta no poleiro. Ele só acalmava com sorvete de creme.

Um dia, cansados das crises existenciais do papagaio [que passava mais tempo na casa de baixo, da minha tia] deram [demos?] ele pro seu Zélino, da rua. Não sei se é verdade, mas seu Zélino disse que em uma semana ele cantava o hino nacional todo, e sabia de cor a escalação do Flamengo. Vai ver o sorvete dele era melhor que o nosso.

Mas então chegamos ao começo de tudo, ao título. Meu irmão irá precisar passar por tudo isso pra perceber que sou pé frio com bichos >.<
O único que durou foi o nascido em maio de 1998 UEHUHUA Ok, parei. É meu irmão, e eu o amo.

Beijos pra vocês, aqueles super apaixonados por bichos, não me julguem mal E_E :*

11 comentários:

metalnerd disse...

Bom, pelo teu costume de se arrebentar, cortar, esmagar e triturar e causar o CAOS generalizado, vou admitir que nao to surpreso com as mortes que tu contou. Achei que teria até mais coisas: tipo livro do Stephen King ou Clive Barker.
bjo

RafaeLa disse...

AHSUASHADUASHDAUSDAHSDAUSDHASDAUSDHASUDAHDUASHDAUSDHAS
Nao consigo comentar :x


Carol, Serial Killer -q
HASUAHSUASHUAS

Anônimo disse...

Sua assassina, te amo tá, mas fica longe do meu Au-uau! ;P

Rose Carreiro disse...

Já matei uma aranha esmagada sem querer. A casa tava escura e só ouvi o "trec", qnd olhei, estava lá, a aranha encolhida como uma flor ressecada. Mas ela não era de estimação. Também matei uma lagartixa na porta. Fechei a porta e ela se partiu =/ não era de estimação também, mas era como se fosse...

O papagaio era esperto, eu tbm só acalmo com sorvete de creme. Ou algum outro doce.

E teus comentários sempre me fazem rir, relaxa e escreve =****

PS: tenho notado que você tá mudando a forma de escrever (e pra melhor).

Daniel Iserhard disse...

Acho que foi bonito isso de tu contar os detalhes da tua vida animal.

A pergunta que fica é... como vocês descobriram que o papagaio gostava de sorvete... e de creme!

Alice Umbrella disse...

Prefiro gatos, sabe. Me identifico.

Anônimo disse...

Tenho q admitir q sao coisas
q soh acontecem com meu bb
hauahaauahauahau
tadinhos dos bichinhos
xD

Daniel Iserhard disse...

Carol, tem o Premio Dardos pra ti lá no meu blog :D

Unknown disse...

caaaaaaaaaaaaaaaaaara, uaheiuaehiuaeh desculpa mas eu ri das tragédias .-. euaih³

acho que tu tem que experimentar criar um mosquito, e ele nem precisaria aprender a cantar né. ;x
muito bom :D
beijocatZmeliga;*

Anônimo disse...

shauhsuahs curti
principalmente a historia do papagaio shuahsuahsuhauh:]

Flávia Veneno Dalgobbo disse...

O próximo, fale da familia .. no geral rsrsrs