quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mágica, er.

Se alguém me pergunta se eu acredito em esoterismo, vidas passadas, almas penadas circulando por aí, ou mágicos que puxam coelhos da cartola enfim, em coisas que não fazem parte do grupo "tenho certeza absoluta de que isso existe", sempre respondo que sou aquela típica pessoa que não acredita em horóscopo, mas lê o signo todo dia; que acha ridículo acreditar em fantasmas, mas tem medinho quando está sozinha em casa à noite eouve um barulho peculiar; e que mesmo tendo curiosidade em saber como é ir a uma cartomante, nunca cogitou ir de fato a uma cartomante. Por isso repreendi uma amiga que queria fazer uma dessas consultas ao além: "cuidado, se você for a uma cartomante, por mais que o tempo passe, você sempre vai ser uma pessoa que já foi a uma cartomante".
Mas não adiantou e ela, que basicamente queria saber quando encontraria o homem da vida, e quem seria o pobre sujeito, foi-se assim mesmo.
Como amiga é para essas coisas, fui com ela atpe a porta da casa de uma mulher que usava o pseudônimo de Margareth (du-vi-do que esse fosse o nome dela de verdade. Uma cartomante chamada Margareth é como um motorista de limusine chamadado Jarbas! Mas continuando) na porta tinha uma plaquinha do tipo: "Leio cartas, tarô, leio mãos, leio sua sobrancelha, seu calcanhar " etc.
Confesso que fiquei com alguma vontade de entrar lá (OK ! MORRI DE VONTADE!), mas me contive porque preferi continuar sendo uma pessoa que nunca foi a uma cartomante. Sem contar que essa casa ficava perto de uma lanchonete eu estava com uma fome de 4 mendigos.

Bom, algum tempo depois, fui ao lugar combinado encontrar minha amiga, agora uma pessoa que já tinha ido uma vez a uma cartomante. Eu esperava encontrá-la super feliz ou megadeprimida (afinal, nenhuma cartomante que se preza faz uma consulta sem previsões fantásticas, adivinhando coisas do tipo: amanhã você vai acordar e escovar os dentes.. e depois de amanhã corre pra praia que vai fazer o maior solzão...). Rolou a primeira opção: Ela estava lá, muito alegre e saltitante. [tá só alegre :F]

Fomos tomar um suco num lugar perto, no caminho, ela foi me contando que ela não só encontraria o homem da sua vida nas próximas duas semanas, como viajaria pelo mundo com ele e ganharia muito dinheiro. E eu fui pensando de fato de não saber se já encontrei a pessoa da minha vida, se vou viajar pelo mundo, se vou ganhar muita grana... Mas eu estava tão ou mais feliz que ela. Afinal, ela já sabe como vai ser a vida dela ( até ela ver que a Margareth era uma picareta, mas não vamos destruir as ilusões dela). E eu não sei como vai ser a minha. E não quero saber. E tenho raiva de quem sabe - ou diz que sabe, como a Margareth diria se eu me consultasse (?) com ela. Tem coisa melhor do que descobrir?

6 comentários:

Daaan disse...

éé..bom ponto de vista...
muito melhor viver surpresas do que viver um 'roteiro' (Y)

Daniel Iserhard disse...

obviamente ela não sabe da vida dela... mas se realmente soubesse, ia ser um saco. Nada melhor do que encontrar aquela pessoa assim, do nada.

;)

Rose Carreiro disse...

Odeio surpresas por medo de encontrar o homem da minha vida (não vou dizer Príncipe por motivos óbvios, vai que atrai...) sem estar de unhas feitas com um a calcinha ao avesso. Mas ultimamente tenho olhado pra dentro de mim (sem ser na endoscopia, q eu já fiz e posso hj afirmar com segurança q sou mesmo rosa por dentro) e minha intuição tem sido certeira.

Beijos

Júnior morais disse...

coisas boas sempre aparecem ser serem programadas! :D

Carolina disse...

está aí, tenho curiosidade de entrar e ver a cara de uma cartomante, mas daí a me consultar... acho que se fizesse isso, provavelmente começaria a rir das besteiras que ela soltaria. Pra mim, cartomantes só dizem aquilo que elas acham que queremos ouvir.
Mas vai saber, né.
Beijo

Carolina disse...

ah, e falaram de intuição aí... e sabe, a minha também não costuma falhar ;D